Zhe Evil Appetit

Pois bem... No ultimo post falei sobre o acordar... Uma das coisas que fazemos todos os dias.
Ora outra coisa que fazemos todos os dias (menos as meninas dos morangos com os seus complexos de emagrecer mesmo tendo uns miseres 40kg) é nada mais nada menos que: comer!
Sisinhora! Eu cá gosto de comer, enfardar, jarvardar e chafurdar na comida :>
Mas esta coisa dos apetites estraga-me o esquema todo... Ora tenho apetite para comida salgada, como para comida doce... Ora tenho apetite para comida quente como para comida fria! Bolas e rebolas para esta coisa dos <*chiquemode*> apetites <*/chiquemode*>! Fosse eu uma menina africana <*americanaestupidamode*> la dos países da França <*/americanaestupidamode*> e iam ver se eu tinha apetites pff! (Nota: reparar como inseri uma piada sobre os americanos subtilmente - haha... ha.. ha.... :| *reza para que não haja americanos de 2 metros, com cara de bulldog, a ler o blog com o babelfish*)

SIM! Apetites... Não fossem estes malditos apetites, estaria eu a comer tudo o que me pusessem a frente de sorriso esparrachmachados (sim, eu gosto de inventar palavras). Mas graças a estes pedinchos do nosso estômago, nestes 15 quase 16 anos de vida (sim, estou-vos a dar uma pista que não tarda - 15 DIAS - faço anos) já perdi inúmeras vezes o meu apetite por algumas causas.

A quem é que não aconteceu estar a morrer de fome, senta-se à mesa, olha para a mãe/empregada/escrava que está com um sorriso na cara (à excepção da escrava... escravos não sorriem ponto) ainda a dar os últimos retoques no jantar... Tudo parece estar perfeito, cheira bem, até que... Nos põem o prato à frente e verificamos que é: frango!
Porquê hoje frango se hoje tínhamos o *estica o mindinho* apetite para carne de vaca? A fome esvai-se... E passamos o resto do jantar a dar voltas com o garfo na comida e a comer o arroz aos grãozinhos e é porque ainda se safa...

Claro que também existem aquelas perdas de apetite mais radicais e eficazes que em minha casa costumam acontecer uma ou duas vezes por semana.
Imaginemos um dia normal quando venho da escola, passo a tarde toda a *cof*estudar*cof* e nem penso em parar de *cof*estudar*cof* durante uns segundos que seja para ir comer qualquer coisa, também pensando "uuuu hoje nem lancho que estou cá com a sensação que hoje o jantar vai ser um belo dum BIFE com umas belas dumas BATATAS FRITAS e mais umas coisas GORDUROSAS e ENGORDADORAS (fetiche por inventar palavras...) para alimentar o meu apetite obeso..."
Ora, sendo eu não-apreciadora-de-peixe, mal me sento na mesa a espumar da boca e com imagens género aquelas que estão nos menus luminosos no McDonald's, e olho para o prato vazio acompanhado de talheres, sinto-me forçada a olhar para direcção de onde está a ser feita a comida. Desiludida por não conseguir ver o que se passa entre tantos tachos e frigideiras, volto a olhar para o meu prato com mais atenção, e reparo que os talheres, são nem mais nem menos de peixe!
E é nesse micro segundo que perco o meu apetite quando descubro que o jantar é peixe e muito provavelmente (como não estamos em Londres) o acompanhamento não vão ser as batatas fritas que imaginava como num menu iluminado da McDonald's, mas sim vegetais cozidos e flácidos!

Por último, há uma maneira que nos faz perder o apetite, mas apenas momentaneamente.
Durante meses esteve um lugar perto de nossa casa em obras. Durante todos esses meses, sempre passamos por esse lugar nas nossas idas e voltas do dia e sempre nos perguntamos em que raio se iria transformar aquele lugar. Um mês antes da inauguração, começam os cartazes ILUSTRADOS por ali perto com imagens de comida que parecem que demoraram mais tempo a fazer que a muralha da china, dizendo que aquilo num mês será um restaurante exótico e com pratos deliciosos. E todos os dias quando passamos por aquele lugar, de manhã sem pequeno almoço tomado e de tarde/noite sem ter comido nada desde o almoço, olhamos para o misere cartaz enquanto se criam enormes quantidades de saliva na nossa boca suficientes para encher uma piscina e nos stressamos quando entramos em casa e só há bolachas de água e sal e iogurtes fora do prazo. Finalmente o restaurante abre! Entramos no restaurante, sentamos-nos na primeira mesa que vimos, chamamos o primeiro empregado que vimos, pedimos o prato que tem melhor aspecto naquele belo menu ilustrado e esperamos com olhos de quem acabou de beber 67 chávenas de café e tentamos não aparentar muito emocionados embora as nossas pernas não parem quietas.
Quinze minutos depois (que mais pareceram 5 horas) vem o empregado e mal ele nos põe o prato a frente, e olhamos durante os primeiros 7 segundos para o prato ainda sob o efeito duma miragem do menu ilustrado, o prato ainda nos parece apetitoso. Mas no momento em que os 7 segundos de ilusão passam e vemos um prato com uma coisa que se assemelha a vómito de cão que foi mastigado por um leão marinho e cuspido para um balde com dejectos de elefante e depois pisados por rinocerontes e ursos... O prato já não parece tão apetitoso e enquanto tentamos ganhar coragem para meter uma garfada a boca não nos paramos de perguntar como é possível aquilo ter sido alguma vez feito de maneira a que parecesse aquilo que vinha no menu.
E é esta maneira em que apenas temporariamente ficamos sem fome... Bastam uns segundos para que ganhemos fé e pensemos "sim, a minha comida parece bosta de cavalo, mas lá no fundo pode ser que até saiba bem"...

Raios partam mas é o apetite! Porque é que a comida não podia toda saber igual?